terça-feira, 30 de junho de 2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Férias


foto artistica por Man Ray na década de 60

Época de reflexão!!!


O Eu Poeta

Não acredito na teoria...
O poeta é um fingidor
Não pode ser assim
A verdade é outra
Poeta é um ser normal
Mas com uma sutil diferença
O dom de enxergar além
Nada é tão simples
Eu poeta digo sempre...
Vemos o que ninguém quer
O Amor aonde há dor
A Dor aonde não há amor
Fazemos da dor poesia
Desta poesia a política
Da política a crítica
De crítica a teoria
Teoria simplista da realidade
Realidade da nossa verdade
Da verdade a sinceridade
E desta sinceridade, igualdade
Igualdade que traz liberdade
Liberdade que nos movimenta
Movimento que nos faz viver
Vida que nos faz refletir
Reflexão sobre o sentir
Sentir que não é pensar
Pensamento vem da mente
Mente que move nosso coração
Coração que desperta a paixão
Paixão que se transforma em amor.
Poeta é um transformador
Esta é a visão do poeta
Que não deve ter sexo, credo ou idade.
Não pode ser somente acadêmico
Muito menos simples ignorante
Escrevendo qualquer besteira
Não, o poeta degusta o mundo
Bebe em qualquer fonte
Sem esperar os resultados
Não conta sílabas nem estrofes
Somente concretiza o que sente
Numa entrega visceral de sua alma
Em palavras jogadas num papel
O Poeta não enxerga um fim
Pois não pensa no seu começo
Vive por viver a vida
Não se contenta em observar
Quer sempre vivenciar
Nem que seja pelas palavras
Sua cabeça não para por um minuto
Cada idéia é um suspiro
Afinal o poeta é um sonhador
Sonha tanto que chega acreditar
Que o que sonhou aconteceu
Não falo de insanidade
Mas de uma suprema vontade
De compreender seu mundo
O poeta não julga ninguém
Se julgar, joga fora seu princípio.
Sua diferença perante si mesmo
Trai vilmente sua condição
De espectador das virtudes humanas
Virtudes as quais nunca reconhece em si
Mas enaltece a dos outros
Vive de um amor platônico
Não por alguém de carne e osso
Mas pelo seu próprio ideal
Sofrimento a ele é necessário
Para enxergar o que é bom
Entender a realidade crua
E dela fazer as mais belas frases
O Poeta é um perdedor assumido
Mesmo que às vezes ganhe
Prefere entregar seu prêmio
Para fazer alguém feliz
É um altruísta com o mundo
E egoísta consigo mesmo
Não admite sua auto-condolência
Prefere mentir pra si mesmo
Espera que tudo de ruim passe
Mas escreve cada segundo sobre isso
Não deixando que nada evapore
O poeta não sofre porque quer
Apenas encara o sofrimento de frente
Não se anestesia pela fantasia
Transforma o sofrer em fantasia
Com toda sua dor, sem piedade
Assume sua fraqueza diante de todos
Sabe que a maldade existe em tudo
E não a esconde dentro de si
Sabe ser uma péssima pessoa
Mesmo que tenha qualidades
Não as usa como escudo
O Poeta é antes de tudo
Um ser autêntico e duro
Agrada quem quer sem querer
Seus desejos não se ocultam
Mostra a todos a que veio
E se esconde de seus sentimentos
Para não se entregar de bandeja
Pisa em ovos ou sapateia neles
Depende da situação
É um ser único em suas diferenças
Procura o que ninguém quer
A cruel auto-análise de suas atitudes
É um crítico de si mesmo
E não passa pelo mundo despercebido
É antes de tudo um chato
Que sempre fala o que ninguém quer ouvir
Mas escreve tudo o que podem sentir
Caminha sozinho buscando novas sensações
Experimentando tudo o que tem direito
Sofre na mesma intensidade com que ama
E ama muito mais que qualquer ser humano
Um poeta não nasce poeta ele se cria pela vida
Come o pão que o diabo amassou e fica feliz
Edifica a cada dia a sua obra prima
Mesmo que tenha vergonha dela
O poeta não escreve para entender os outros
Ele escreve para se entender
Por isso cada frase é uma confissão
Poeta não escreve sobre o que não sabe
E sabe sobre tudo o que escreve
É um sábio de si e pouco se entende
Poeta vive numa realidade mais dura
Pois consegue ir além na sua mente
Sente as dores do mundo nas suas costas
E por elas entrega-se de corpo e alma
Escrevendo dia e noite a vida
Através de sua ótica turva
Entende a humanidade e a presenteia
E o que quer em troca?
Somente VIVER.

Francine Alsleben Cegantini...

Prometo posts menores... mas é q esse senti muita vontade de postar.

sábado, 27 de junho de 2009

Bobagens

Ando muito sensível estes últimos tempos...

Amar


O amor nada define

Destrói qualquer predefinição

Não somos nada que pensamos

E tudo o que sentimos


Amar é estar em torpor

De olhos fechados para o mal

Refletindo cada pequeno gesto

Numa troca justa


Sentir que não há chão

Mesmo que caminhe neste solo

Não há impacto no corpo

Como voar sem asas


Esse amor que vivo

Pode ser apenas mais uma paixão

Mas sei que é algo maior

Diferente do normal


Chegou sem meu querer

Apenas por sua vontade própria

Toma agora aos poucos o meu ser

Para então partilhar minha alma


O alvo deste querer bem

É tudo que esperei de alguém

Ao mesmo tempo confunde

Por ser tão utópico quanto sonho


Me deixa de mãos atadas

Sem saber o que te dizer

Contando os segundos pra te ver

Pra balbuciar qualquer coisa


Amo e nem sei o porquê

Sei que não esperava isso

Só me resta esperar aqui

Para não fazer besteira


Mesmo querendo gritar meu desejo

Este fato constatado de amar

Me impede de escandalizar

Fico no silêncio de mim


Vai chegar a hora certa

Revelado e exposto a todos

Te amo sim e daí?

Já não posso fugir.


Isto é amar


Francine Alsleben Cegantini

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Deletar para recomeçar!



Este post vai ser curto e grosso... tá eu não consigo fazer post curto... então vai ser grosso mesmo...

Como minha vida mudou muito ultimamente e sinto que preciso abrir espaço para receber sempre coisas novas, tomei uma decisão que parece boba e simples, mas que será fundamental para seguir em frente.
Nunca consegui levar meu blog alternativo à diante, lá escreveria poesias e textos mais literários, mas cheguei a conclusão de que não estava dando certo e q prefiro me concentrar neste blog, então está fora do ar o blog Francine pelas Letras...
Agradeço quem leu e visitou-o, mas o conteúdo lá presente não fazia mais jus à minha forma de encarar a vida...
Este é o meu foco agora...

"Deletar o que me faz mal e não me deixa prosseguir..."



e como diria Ana Carolina:

Eu Não Paro
Compositor(es): Ana Carolina, Dudu Falcão e Lula Queiroga

Disco Dois Quartos

Quando eu vou parar e olhar pra mim
Ficar de fora
E olhar por dentro
Se eu não consigo
Organizar minhas idéias
Se eu não posso
Se eu esqueço de mim?

E eu pensei que fosse forte
Mas eu não sou

Quando eu vou parar pra ser feliz
Que hora
Se não dá tempo
Se eu não me encontro
Nos lugares onde eu ando
Nem me conheço
Viro o avesso de mim?

Se eu não sei o que é sonhar
Faz tanto tempo
Tanto mar
E o meu lugar
É aqui?

Uma rua atravessada em meu caminho
Nos meus olhos
Mil faróis
Preciso aprender a andar sozinho
Pra ouvir minha própria voz
Quem sabe assim
Eu paro pra pensar em mim
Quem sabe assim
Eu paro pra pensar em mim

................................................................. e para finalizar:

Pra rua me levar


Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus, e que não abro mão
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora


Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
Eu vou lembrar você

É mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar...


............................................................................................................................

é só isso.....

Mudando de assunto

ah... aproveitando o post gostaria de divulgar o Blog da minha amiga Ana Paula Palhares
Espelho da Humanidade > www.espelhodahumanidade.bloguepessoal.com


por hoje é só....

bjusssssssssssss

terça-feira, 23 de junho de 2009

Caminhos opostos...


Meu canto de reflexão.


Mesmo que eu tente compreender o destino à minha frente, tenho sempre a certeza que escolherei o caminho oposto de tudo o que esperam de mim, pois só assim tenho a garantia de caminhar com minhas próprias pernas.

Sentei-me no chão e fiquei observando a cidade...

Tudo tão comum e repetitivo que chego a ficar nauseada diante de tanto clichê, mas continuo buscando alguma diferença em tudo o que vejo penso e sinto. Estou sempre na contramão das idéias vazias impostas à pessoas que desejam pensar.
Espero uma luz em minha mente que me traga um conforto físico para a dor de racionalizar demais, porém minha emoção já me guiou a caminhos opostos do que me faria bem, logo utilizo meu "logos" no sentido filosófico (sim não é uma redundancia "logo uso logos") de minha pura razão (logos) para justificar minha frustração emocional.
Voltando à observação, olho pelas ruas as pessoas andando apressadas, anestesiadas, o que será que elas pensam, sentem e vivem? É muito estranho imaginar suas vidas, será que pensam o mesmo que eu, sentem e ressentem...
Tudo pode ser uma desculpa esfarrapada para minha solidão, vou continuar só, mas não deixo de buscar amor, não no desespero de ter alguém, mas na calma de dividir meu caminho com uma alma. Quero amar tudo, amar a humanidade, amar no sentido do ensinamento do amor ao próximo como a mim. Assim sendo busco me amar a cada dia para que possa ter ao meu redor as melhores intenções de cada ser.
Não quero o egoísmo de "ter alguém", estou me curando deste tipo de sentimento, será que as pessoas que andam por aí conseguem ter este tipo de atitude?
Continuarei observando o mundo, com os olhos de quem ama, não alguém, mas o mundo todo, conquistando o amor puro de todos que estão na minha vida, não no sentido romantico apenas amor por cada alma, indo no caminho oposto do que a sociedade espera.
O tempo de sofrer por amor já passou, cansei disso, agora vou amar para viver e não viver para amar. Se no caminho oposto ou não, encontrar quem me desperte o amor romântico, talvez nem perceba, mas viverei intensamente o que me proponho hoje, somente amar, sem esperar nada em troca.

É só isso...

sábado, 6 de junho de 2009

Estranha loucura


Não pretendo muito nesta vida, tudo que desejo é puro e real, talvez seja o que todo mundo espera destes loucos dias em que passamos nosso tempo contando o tempo, aguardando cada segundo como se pudessemos correr contra ele ou simplesmente pará-lo.

Parar o tempo naquele momento em que:

*Você fez uma grande besteira, retroceder e fazer o certo. Mesmo que no fim fosse outra besteira.

*Sua vida mudou do dia pra noite e você não aproveitou. Nem ao menos conseguiu ver quantas pessoas tornaram isso possível.

*Não houve um gesto de despedida com alguém que se foi. Que você gostou ou não, mas que de certa forma você ficou devendo-lhe algo.

*Aquele beijo recebido no meio da festa apaga a multidão à sua volta. As bocas se fundem com luzes, músicas, sentimentos, corpo e alma, mas não percebemos a sublimidade de um ato desse e o banalizamos.

*Você poderia ter escrito algo lindo, mas deixou quieto. Algo que podia estar no lugar desta postagem tão clichê.



Corremos o tempo, passamos por cima e depois ficamos analisando o que fariamos se ele pudesse parar...

Estamos num estado que chamo de 3 Is (i,i,i) insensibilidade, individualismo e ignorância. Estado este tão profundo que ninguém escapa deles, vivemos mergulhados neste mar buscando algo tão simples e que ninguém acha.

FELICIDADE...

E se achamos, com certeza vamos jogar fora, para procurar novamente.

Atropelando o tempo e tudo mais que estiver à nossa frente.

Nesta ESTRANHA LOUCURA que é viver.



Não quero nada com o que escrevi, não pare para pensar no que eu escrevi, leia e vá viver.

Eu desabafei e to indo viver...



bjus a todos!